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Crítica | O Protetor 2

Sequência traz bons Atores e cenas De ação fantásticas, mas um roteiro fraco.


Nem todos os filmes têm a pretensão de trazer uma história particularmente complexa, profunda, ou reflexiva. Alguns filmes, e até alguns gêneros, podem se beneficiar uma premissa simples. É o caso de muitos filmes de ação, por exemplo. Obviamente isso não é uma regra e algumas obras de ação se esforçam muito para terem tramas complexas e intrigantes, porém é difícil negar que uma trama mais simples permite que o foco esteja em outros elementos, como nos personagens e, principalmente, na ação.

O primeiro filme da franquia "O Protetor" trouxe uma história simples, sobre um homem tentando ajudar as pessoas com quem ele se importava. Apresentou personagens carismáticos e interessantes, e agradou a maioria dos expectadores. Agora na sequência "O Protetor 2", a ação abre espaço para uma trama mais ambiciosa, e o resultado não é muito positivo.

Nós acompanhamos o protagonista, Robert McCall (Denzel Washington), tentando seguir sua vida após seu último ato heroico. Ele trabalha como motorista em um aplicativo, ajuda as pessoas que moram em sua vizinhança, passa tempo com seus amigos e tenta conter seus impulsos de combater as injustiças a sua volta, porém sem muito sucesso.

Tudo muda quando sua amiga Susan Plummer (Melissa Leo) é morta durante uma missão, e Robert vai em busca da identidade dos assassinos para vingar sua amiga. Temos então um mistério digno de um thriller de espionagem, que é entregue de forma pobre ao expectador, tornando sua solução extremamente óbvia fazendo com que momentos que deveriam trazer suspense parecem uma forma de ganhar tempo até a grande revelação.

Outro ponto que prejudica a narrativa do longa são as subtramas paralelas á história principal. Algumas delas poderiam ser cortadas do filme sem causar impacto algum na história, já outras, como a amizade de Robert com um jovem chamado Miles (Ashton Sanders), apesar de ser interessante e render algumas das melhores cenas do filme, não se conectam muito bem com o evento principal.

Apesar dos problemas de roteiro, o filme tem muitas qualidades que o redimem. Os atores são muito bons e dão performances excelentes, os personagens são bem críveis e carismáticos, a trilha sonora e a mixagem de som tornam o longa bastante imersivo, mas o melhor elemento do filme, sem dúvida, são as cenas de ação.

As coreografias de luta são rápidas e bem executadas, os efeitos são muito críveis, e o trabalho de câmera e montagem tornam as sequência energéticas e cheias de suspense, principalmente durante o terceiro ato, quando quase não há diálogos e o foco é todo no jogo de gato e rato entre Robert e seus inimigos. É impossível tirar os olhos da tela dada a tamanha expectativa para o desfecho da batalha.

Por fim, "O Protetor 2" é um filme que peca no roteiro mas compensa nas cenas de ação e nas atuações. Pode não ser o melhor filme de ação de 2018, mas com certeza é um dos mais empolgantes e com certeza é digno de ser assistido nos cinemas.

Nota: 6 


              


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