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Crítica l A Maldição da Casa Winchester

Apesar de bem ambientado, filme falha em passar a própria mensagem


O ano de 2017 foi um ótimo ano para os filmes de terror, com lançamentos como "IT-A Coisa" e "Corra!", e é de se esperar que 2018 mantenha o mesmo ritmo....ou não?

Sendo um dos primeiros filmes de terror do ano, "A Maldição da Casa Winchester" conta a história inspirada em fatos reais de Sara Winchester, herdeira de uma empresa de armas de fogo que acredita ser assombrada por almas que foram mortas pelo rifle criado por sua família, os Winchester. Após as repentinas mortes do marido e filho, ela decide construir uma mansão para afastar os espíritos. Tal atitude faz com que os acionistas da empresa desconfiem da sanidade mental da idosa interpretada pela atriz Helen Mirren ( "A Rainha", "Calígula"), e decidem enviar para a mansão o psiquiatra Eric Price (Jason Clarke) para passar uma semana na mansão e avaliar o estado psicológico de Sarah.

 ATENÇÃO PARA POSSÍVEIS SPOILERS

Inspirado na famosa Mansão Winchester localizada no interior de São Francisco, "A Maldição da Casa Winchester" é um dos primeiros lançamentos de terror de 2018, e um dos primeiros fracassos.

Dirigido pelos irmãos Spierig, o filme tem uma constante necessidade em subestimar a inteligência do telespectador e colocar os famosos jumpscares a todo momento de forma previsível e saturada.  Além dos clichês batidos e da condução fraca, o filme passa a sensação de ser um filme longo e cansativo, quando na verdade possui apenas uma hora e meia de filme.

O roteiro também deixa a desejar, repleto de furos sem sentido e falhando em elaborar e afirmar o próprio discurso antiarmamentista. A motivação principal para as constantes reformas na casa de Sarah é o sentimento de culpa que a protagonista sente por cada vida ceifada pelos rifles que sua empresa produz, sendo que em nenhum momento ela cessa com a produção das armas, e a solução final do filme é usar uma arma de fogo para derrotar o "grande" vilão. O filme também peca no desenvolvimento de personagens, sendo apenas substanciais para a trama os personagens de Sarah, Eric, e seu sobrinho Henry. Em uma cena quase cômica a sobrinha de Sarah, Marion Marriott, que após passar o filme inteiro acreditando que sua tia estava caduca e não acreditando em fantasmas, no final faz um discurso sobre o poder da maternidade e afirma não ter mais medo de fantasmas para proteger seu filho.

Chegando no vilão, que é um ex-soldado que busca vingança contra a família Winchester por conta da morte de seus irmão que foram mortos por um rifle Winchester. Para realizar essa vingança, o até então vivo Ben Block (Eamon Farren) realiza um massacre e é morto em um tiroteio. Mesmo realizando esse massacre sem sentido algum, Ben prossegue com sua vingança quando fantasma, querendo punir Sarah por produzir as armas. Vale ressaltar que os efeitos visuais do filme são sofríveis, parecendo muitas vezes que o filme é uma paródia aos filmes de casa de terror.

Para não dizer que o filme é de todo mal, as atuações estão em um nível amigável e a fotografia e ambientação do filme consegue ser bem feita, fazendo o telespectador se sentir em 1906, ano no qual o longa se passa.

No fim, "A Maldição da Casa Winchester" é um filme fraco, apresentando mais do mesmo para o gênero e não inovando, desperdiçando atores bons e uma história com potencial.

Nota:6

Recomendações: Para os assíduos fãs de um terror trash, recomendamos os filmes "A Noiva" e "Amityville: O Despertar"


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Um comentário:

  1. Um filme muito bom gostei. Sempre tem bons atores nos filmes de terror e eu amei especialmente a Bill Skarsgard, é uma das azoes pelas quais o filme teve resumos positivos e tambem por tudo o elenco. Vale a pena assistir a It a coisa legendado foi um excelente trabalho de produção da maquiagem, guarda-roupa e design de Pennywise, vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero. Espero que a segunda parte tenha a mesma qualidade de atuação e como eles desenvolvem a história.

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