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Justiceiro tem recepção dividida pela imprensa americana

Primeiras críticas se dividem quanto aos paralelos políticos da série




Os últimos eventos envolvendo mass shootings nos EUA ainda estão frescos na memória dos críticos americanos. Isso pelo menos é o que se pode ver das primeiras críticas. Essas polêmicas já fizeram com que a Netflix atrasasse a estreia da série, bem como sua participação na New York Comic Con.

Fazer paralelos com os eventos da vida real parece ser inevitável, de forma que aqueles mais sensíveis ao tema podem encarar a violência da série como algo desrespeitoso. Entretanto, alguns críticos tem dado destaque para os temas envolvendo os traumas dos veteranos de guerra, bem como os dilemas morais que cercam o uso da violência. Veja trechos de algumas críticas da imprensa americana:

Sonia Saraya (Variety)

"Acima de tudo, Justiceiro é cínico sobre o uso da força: é uma série em que um homem recebeu ordens sem sentido do governo para matar, se rebela e acaba caçando os membros desse mesmo governo - porque eles o fizeram matar pessoas. O seriado é recheado de armas, patriotismo cego, serviço inquestionável; está sempre do lado dos veteranos. (A afeição que os veteranos tem pelo personagem o Justiceiro é de longa data. Ele era originalmente um veterano da Guerra do Vietnam, quando apresentado em 1974. Na série da Netflix ele é um veterano das guerras do Iraque e Afeganistão.) O Frank Castle de Bernthal parece ter se envolvido nessas forças por achar que ninguém tem o poder de controla-las — e ao mesmo tempo, porque ele é tão devastado por sua própria tragédia, ele é um protagonista que comete violência enquanto compreende que a violência cria trauma. Isso cria uma dinamica carregada, desestabilizadora, que Bernthal habita com maestria"

Darren Franich (Entertainment Weekly)

"Então essa série quer ser diferente, quer ser uma versão pensativa da história do Justiceiro? Quer faze-lo crível, levando a sério a ideia desse homem como um veterano emocionalmente ferido entre muitos? Interessante! Mas você tem que leva-lo a sério de verdade. O show investe muito tempo em Micro e Dinah, mostrando suas famílias, seu história, motivos relacionáveis para buscar justiça. (Revah é especialmente boa, em uma parte que pede para que ela seja 'A Pessoa Mais Durona Em Cena Que Nunca Será Tão Durona Quanto O Cara Com Camisa de Caveira'.) Mas você começa a perceber um padrão. O seriado brinca com esse jogo sensível por tempo suficiente para absolver a punição inevitável. Frank passa o primeiro episódio inteiro parecendo triste — e então ele visita um esconderijo de um cara malvado para fazer o truque das "luzes apagadas para que o massacre comece"

Daniel Fienberg (The Hollywood Reporter)

"Como interpretado (...) por Jon Bernthal e introduzido nos primeiros episódios da primeira temporada de Demolidor, a versão da Netflix do Justiceiro é um homem atormentado e assombrado, inescrupulosamente eficiente e amplamente imune à dor. O Justiceiro de Bernthal é um personagem perfeito para uma minissérie de quatro a seis horas, e talvez ocasionalmente costurar com outras partes do universo Marvel/Netflix. Infelizmente, com a culpa sendo da Marvel ou da Netflix, essa é uma parceria que viola todas as regras da Netflix de 'conte sua história do jeito que precisa ser contada' das outras séries. Com exceção de Os Defensores, que sempre foi anunciada como uma minissérie, todos e cada um dos seriados Marvel/Netflix tiveram 13 episódios e todos tiveram atrasos em ritmos e tropeçam em storytelling para chegar a esse número. Mas o Justiceiro é o primeiro que passa a sensação de ter o dobro de duração que deveria."

Todos poderemos tirar nossas próprias conclusões no dia 17 de Novembro de 2017, quando a série terá seu lançamento oficial. Para ver nossa crítica fique ligado no nosso canal no YouTube e nossa página no Facebook!

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